Embora estejamos numa era avançada da informática, notório que ainda há muito para se evoluir. Ainda mais porque as grandes tecnologias sempre demoram um pouco mais para chegar ao Brasil. Não sei que sistema é esse, onipotente, onipresente, porém falho, que é instalado nos Tribunais de Justiça, especialmente Justiça Federal e Justiça comum.
A grande farpa da advocacia é ser um ofício da iniciativa privada dependente dos labéus do serviço público. Advogados, estagiários, partes e servidores, todos ficam à mercê do bom humor do sistema de informática, sem o qual é inviável procurar um processo, fazer retirada do mesmo ou até ingressar com uma ação. Enquanto os advogados desabam ao ouvir a velha frase, quase um clichê, “o sistema caiu” ou “o sistema está fora do ar”, alguns servidores (pois não quero equivocar-me ao atribuir menção genérica) alegram-se para dar a infame notícia. Retorne à vara judicial noutro dia ou noutra hora, pois, sem o sistema, complica.
O que intriga é que há anos esse problema ocorre. Excesso de demanda? O sistema computadorizado da Justiça está sobrecarregado ou ultrapassado? Ou ambos? Talvez, a pergunta ideal seja: a todos interessa melhorá-lo?